30 de maio de 2018

{REVIEW} GOD OF WAR

Por: Cristiano Pereira


God of War foi surpreendentemente reinventado para o começo de uma nova jornada.

Reinvenção é a palavra que me veio à mente quando joguei, o jogo é um exemplo de como continuar uma história relativamente fechada e mudar um gameplay sem desagradar o fã do estilo de gameplay anterior.
Sobre as 3 linhas anteriores eu queria muito escrever o motivo do jogo ter ficado melhor do que o esperado mantendo as origens, mas para quem não jogou AINDA, essa review não terá spoilers, continue lendo e depois jogue para descobrir o que direta e indiretamente essa review quis dizer.

God of War está no 7º jogo da franquia, porque o Chains of Olympus, Ghost of Sparta e Ascension também são canônicos para a saga, mas os produtores escolheram não colocar um número no novo GoW para mostrar que é uma nova aventura em outras terras, mas sem esquecer o que aconteceu no passado porque é uma continuação.
Kratos construiu uma nova família nas terras nórdicas, sua esposa chamada Faye morreu e o último pedido dela era que as suas cinzas fossem levadas para o pico mais alto dos reinos. Kratos e seu filho Atreus, partem para para realizar o pedido de Faye. Esse é o começo da nova jornada.

God of War, graficamente mostra que você está jogando algo que justifica a potência do PS4, não vou precisar me extender muito dizendo que os cenários e texturas são incríveis, porque os que ainda não jogaram, já viram o belo visual que o jogo tem pelo trailer da E3 e podem esperar para se deslumbrarem ainda mais com os outros lugares, momentos e batalhas grandiosas que não aparecem no trailer.


GAMEPLAY:

Uma das novidades é a câmera sem cortes, isso acontecia em poucos momentos no God of war 3, a câmera só andava para o acontecimento e voltava para o Kratos, as cenas mais memoráveis são no início durante a escalada no Monte Olimpo, durante a luta contra Poseidon e depois da conversa com a Atena, a câmera simplesmente se afasta e o gameplay continua, mostrando na época a força tecnológica do PS3 que você estava com um jogo da 7º geração que não criava diferenças entre a parte apenas assistida e o gameplay, (Não sei se era a mesma tecnologia que era possível parcialmente fazer isso, mas tinha um pouco também dessas câmeras que só se moviam). 
No novo GoW, não tem corte de câmera durante todo o jogo e isso foi uma incrível adição de imersão do jogador na história.

O velho estilo de combate Kratos foi repaginado, causa estranheza para quem só vê um trailer, mas a velha sensação retorna com toda a fúria do deus da guerra que o jogador conhece quando começa a jogar. 
Com um "novo velho estilo de combate" e um novo modo de câmera que só deixa ainda mais legal fazer os golpes e desmembramentos dos inimigos que ameaçam Kratos e seu filho, preenchendo a tela e empolgando o jogador.
Com um novo gameplay sem perder a essência, seria normal que os comandos no controle mudassem também, eles mudaram, mas como escrevi (tentando não fazer spoiler) o que os fãs conhecem está presente e é possível mudar os comandos do controle para o jeito clássico e mudar as informações na tela como nos Jogos anteriores (esconder a barra de vida do inimigo por exemplo).
Mas o local dos novos comandos que são os gatilhos e os botões L1 e R1, ficaram tão bem adaptados ao novo modo do gameplay ( e por causa do modelo de controle do PS4) que estes botões funcionam muito melhor para atacar e defender rapidamente nesse novo estilo de combate construído.

Agora o novo capítulo da franquia incorpora melhorias na vestimenta de Kratos com joias de runas de poder ou de aumento de habilidades, além de usar o poder das runas para o upgrade das armas.
A incorporação das runas é algo que existe em jogos RPGs como o Lords of The fallen, jogo que mencionei aqui no blog quando fiz a review e vi o primeiro trailer de GoW.
Mas além da câmera por trás do personagem e as joias, as comparações terminam por aqui.
O combate com o machado foi um ótimo substituto das laminas do caos, as sequências de golpes e o modo de usar os poderes que você ganha para usar com o machado faz o jogador querer que mais inimigos apareçam para você usar.

A dificuldade é capaz de deixar jogadores bem irritados, mas isso é bom, ao contrário dos jogos anteriores que só alguns sub chefes e chefes principais mereciam atenção pela dificuldade, no novo GoW, principalmente no modo "Quero um desafio" que ainda não é o modo mais difícil, mas quase todo o inimigo merece atenção porque ele pode te matar rapidamente, o jogo segue o "estilo Dark Souls" de jogar.

ATREUS:
O filho de Kratos era o que mais preocupava os fãs de GoW, vendo os trailers, tínhamos a impressão de que teríamos que ficar vigiando o filho durante as lutas, mas não é necessário, Atreus pode até ser imobilizado pelos inimigos, mas isso não faz o jogador perder, Atreus apenas fica incapacitado de ajudar por uns segundos e o jogador pode seguir lutando sem se preocupar até ele se recuperar.
Atreus é muito útil para distrair os inimigos e ajudar Kratos nas lutas, até segurando e enforcando o inimigo para que Kratos ataque sem receber um contra-ataque.
A ajuda de Atreus é necessária principalmente contra as Valquírias, tem 2 ataques que ele pode impedir que as Valquírias façam, e impedir esses golpes são fatais para vencer, não esqueça de fazer o upgrade para o arco e as flechas de Atreus também.


O MUNDO ABERTO:
Além do novo estilo de gameplay na parte do combate construído para esse capítulo (e que será o estilo para essa nova saga nórdica), o mundo aberto construído para a exploração é outro ponto novo que foi bem implementado, você é recompensado por explorar, e essas missões estão tão naturalmente implantadas no mapa que não parecem  missões menores (recomendo retirar a bússola e indicadores de missãoes nas configurações para ter essa imersão de não sentir que está fazendo uma missão paralela).
Os coletáveis no jogo são bem intuitivos de se achar, o mapa ajuda indicando a região do que está faltando, mas sem apontar diretamente, fazendo o jogador explorar os locais que não são muito grandes para procurar.
DICA: a última coisa que você tem que achar é mais um pássaro (os olhos de Odin).
Os quebra-cabeças que existem tradicionalmente na franquia também evoluíram e estão bem implementados, dos mais fáceis aos que talvez no começo sejam um pouco mais difíceis de se resolver porque é necessário ter outras habilidades, e voltando para lugares com a habilidade ou a arma certa, você descobre mais itens, recompensando o jogador em voltar para resolver o mistério.
DICA: o machado também corta e atravessa portões quando está voltando, talvez seja útil para cortar coisas que se unem e estão em lugares supostamente inacessíveis.



TRILHA SONORA E SOM:

Um ponto sempre forte da franquia que já foi mostrado um pouco na E3 - 2016, e durante o jogo não decepcionou, a música continua dando o tom épico para as batalhas e sendo bem agradável nos momentos mais calmos, e também bem empregada nos momentos de suspense.
O som dos ambientes também ajudam ainda mais na imersão.
a parte do som bem empregado de ataques de alguns inimigos também ajudam a saber que tipo de ataque está vindo quando existem vários para enfrentar que estão fora do alcance de visão, além da ajuda de Atreus e da novidade das setas indicadoras de ameaça.




PRÓS:

Franquia reinventada

Qualidade gráfica que mostra a potência um console da 8º geração

Trilha sonora e som

Dificuldade

Imersão com o novo sistema de câmera

Duração longa das horas de gameplay

Missões paralelas bem integradas parecendo fazer parte da missão principal

Mais um jogo essencial para os donos de um Playstation 4



CONTRAS:

Mais um jogo que não encontrei nada que possa diminuir pontos, merece a melhor nota.
E para você que AINDA não jogou, jogue para não acabar recebendo um spoiler.  :)




















Um comentário:

  1. Thank you for the great post! I really enjoyed reading it, you could be a greаt.I author
    fnaf

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