[REVIEW ESPECIAL] THE LAST GUARDIAN

Por: Cristiano Pereira

Uma épica jornada...

Colossal...

Emocionante...

Com mais mistérios...

          A espera termina com chave de ouro...

Fumito Ueda e sua equipe conseguiram novamente, trazer a arte em ação...

Hoje 

Uma review especial de... 

Essa é uma review especial em comemoração da marca de 1 milhão de cópias vendidas que o jogo alcançou no inicio de 2017, para ficar gravado aqui nas páginas do icrolex blog uma paixão de fã por jogos arte e já recomendar ele para você que ainda não comprou e que não acompanhou a trajetória de fãs dos jogos ICO e Shadow of the colossus (acredito que esse é o único público que não comprou The last guardian ainda).
Você também pode conferir o artigo especial sobre Shadow of the colossus na sessão artigo especial aqui do blog.


A TRILOGIA ESPIRITUAL:

The last guardian é o terceiro jogo criado por Fumito Ueda que faz parte de uma "trilogia" coloco aspas na palavra trilogia porque você pode jogar os 3 jogos em qualquer ordem, eles não tem ligação instantânea porque parece que décadas ou séculos se passaram entre eles por isso alguns dizem que é uma trilogia espiritual, mas 2 deles tem uma ligação mais próxima confirmada pelo próprio criador que tinha declarado antes para cada um interpretar do seu jeito, mas por insistência dos fãs depois ele disse que Shadow of the colossus viria ser o primeiro e depois ICO, apenas The last guardian não foi confirmado aonde se encaixa nessa trilogia.
Os fãs ( igual a este blogueiro que escreve) e analisadores desse universo criado pelo fumito ueda, supõe pelo visual mais antigo dos cenários, simplicidade das armas da tribo que aparece e pela arquitetura similar aos templos de SOTC que TLG está mais próximo de SOTC, podendo até ser o primeiro da linha do tempo, não vou contar o por quê, isso seria um spoiler para quem não jogou ainda.


GAMEPLAY:

Para quem jogou um ou os dois jogos anteriores, a mecânica de movimentação de personagem não mudou, apenas melhorou por causa da evolução natural da tecnologia do console e o estilo de movimentação dos jogos anteriores se manteve como uma mistura da movimentação de Wander e ICO, o fã reconhece que é um jogo do mesmo universo pela movimentação do personagem como uma das marcas dos jogos de Fumito ueda.
Para quem não jogou as obras anteriores é uma questão de minutos até entender a "pegada" da movimentação do personagem que tem a sua característica de ser um pouco mais desengonçado por ainda ser uma criança.

TRICO: Comportamento natural de animais nos jogos da Team ico (hoje, gen Design) é mais uma marca de Fumito ueda, Trico é a nova expressão jamais feita antes desta marca, como muitos dizem "a demora do jogo foi por causa do Trico" e você vê isso quando joga, incrivelmente um jogo que demorou tanto para ser feito e foi anunciado em 2009 trouxe algo inesperadamente novo, uma inteligência artificial animal que te faz se importar com o Trico porque trico também acaba se importando com o garoto, parecendo que ele realmente existe na sua tv ou que aquela espécie existiu na história de animais mitológicos.
A naturalidade com que trico age é a alma do jogo, uma criatura que não fala, mas suas ações trazem a emoção para o jogo.

Essa naturalidade que é a obviedade da criatura também foi criticada por quem queria um jogo rápido para se terminar, ou fazer uma review o mais rápido possível sem entender que Trico está na categoria animal, selvagem irracional assim como um cão ou um gato selvagem que depois se torna "doméstico" por obedecer o garoto, é a mesma crítica que o cavalo Agro recebeu em Shadow of the colossus, alguns (os não fãs) queriam que o Agro tivesse um comportamento mais parecido com uma motocicleta que te obedeceria instantaneamente, o próprio Fumito ueda teve que dizer certamente com um pouco ironia que o Agro não era uma motocicleta, assim do mesmo jeito hoje os que criticaram queriam que o Trico fosse um robô que obedecesse as ordens do garoto automaticamente desde o começo sem entender que o Trico é um animal com comportamentos realistas, e sem ter a paciência de esperar chegar no meio do jogo em que a criatura ganha mais confiança e você ganha comandos mais específicos para o Trico, mas mesmo assim ele vai te obedecer no tempo dele, se for um salto ele vai se preparar na maioria das vezes como os gatos fazem, outras vezes quando vi outros jogarem, alguns apontavam insistentemente para uma direção, as vezes para o lado errado (sem saber que somente dois comandos no máximo são necessários e se você mudar a câmera isso já altera o lugar que você quer mandar o Trico, então a criatura ficava perdida com o comando) e ainda queriam que o trico pulasse instantaneamente, as IAs destes personagens foram construídas para terem uma individualidade que caracterizassem elas com os comportamentos de animais irracionais que existem e não como máquinas.

Algo que foi colocado no jogo não para os fãs, mas sim para parte da imprensa e novos jogadores jogarem mais rápido e não esquecer os comandos, são as dicas de controle que aparecem quase o tempo todo, porque para certa parte da imprensa e para jogadores muito casuais se o jogo demorar muito para ser terminado já é um ponto contra, mas para o fã que jogou Shadow of the colossus sem dica nenhuma para onde ir, apenas sendo guiado por uma luz de uma espada em linha reta que não funciona em lugares mais fechados, as dicas do TLG são desnecessárias
Acho que se SOTC fosse lançado nos tempos de hoje a luz da espada do Wander faria curva mostrando o caminho exatamente correto para parte da imprensa jogar e não dar uma nota ruim porque demorou para encontrar os colossos, um exemplo disso é a review do jogo Anna, aqui no blog eu elogiei a dificuldade dos quebra-cabeças e quando terminei a review, fui ver outras reviews e a parte que criticaram foi a dificuldade dos quebra-cabeças, então pensei: O QUE?! Quebra-cabeças não tem que ser difíceis e desafiadores?
Mas deixando de lado essas "pequenas muletas" que o The last guardian tem e compreendendo que é por causa dos tempos de hoje, a imersão no mundo do jogo não é comprometida por isso.


CENÁRIO E GRÁFICOS:

Para quem é fã The last guardian, é um retorno ao mundo criado por Fumito ueda depois de 11 anos após o lançamento de Shadow of the colossus em 2005 e a arquitetura dos cenários gigantescos e os tons de verde remete muito aos cenários de SOTC como escrevi anteriormente, a sensação fica maior quando você toma um easter egg (ou faz parte do mistério) de SOTC  logo no começo quando chega na base da grande torre branca, mas é claro que mais a frente no jogo existe um easter egg de ICO também, além de alguns cenários internos que lembram ICO.
The last guardian é quase uma mistura das arquiteturas dos jogos anteriores com os gráficos bem trabalhados para a nova geração, cenários colossais e vertiginosos de preencher os olhos, e construções que levantam mais mistérios para essa trilogia espiritual.
Outro exemplo de gráfico bem trabalhado são as penas de Trico, cada uma delas foram feitas para se moverem individualmente quando o vento bate.
Em Shadow of the colossus você explora o cenário na horizontal, em The last guardian posso exemplificar que você explora o cenário na vertical, seu objetivo é ir para cima, resolvendo os quebra-cabeças colocados naturalmente que você não sente que está resolvendo um enigma, apenas abrindo caminho com a ajuda de Trico, essa é outra marca de Fumito ueda, quebra-cabeças integrados aos cenários naturalmente, mostrando que os objetos construídos que você interage tinham um propósito de estarem lá.


TRILHA SONORA E SOM:

Se Trico é a alma do jogo, a trilha sonora ajuda as emoções das ações dessa alma Trico serem maiores durante essa jornada épica, não tem grandes temas como Shadow of the colossus, mas elas são indispensáveis para o gameplay, sons de vento e ambiente tem mais vida sonora da natureza que os jogos anteriores por ser um lugar gigantesco em que a natureza é mais presente e a tecnologia da junção de gráficos e som de hoje foi o momento certo para ser lançado e fechar a trilogia com chave de ouro.



PRÓS:

História marcante, misteriosa e original de mais uma jornada inesquecível para os fãs

Gameplay clássico mantendo a tradição de movimentação com pouco de inovação para os tempos de hoje

Design do garoto, Trico e cenários

O retorno ao mundo criado por Fumito ueda depois de 11 anos

Trilha sonora e sons indispensáveis para o jogo

IA de comportamento animal de Trico jamais vista em games até agora 2017

Quebra-cabeças naturalmente introduzidos e as vezes difíceis de entender (isso é bom, é desafiador)

Jogo obrigatório para usuários de Playstation 4





CONTRAS:

Pequenos momentos ruins de câmera (mas isso não atrapalha a experiencia para você que já jogou SOTC e ICO)

Ajuda de comandos na tela ( você já sabe que isso foi feito para os tempos de hoje, para uma parte da  "nova geração")

Resumo: Não achei nada que atrapalhe a experiência de jogar esse jogo