21 de julho de 2017

[REVIEW] LIFE IS STRANGE

Por: Cristiano Pereira


Um jogo de aventura em que suas escolhas fazem a diferença na história, mas não tanto, explico isso mais a frente.
Em Life is Strange, disponível para PS4, PS3, X360, X1 e PC, você controla a personagem Max, uma adolescente que estuda fotografia em uma outra cidade longe da família, no jogo você vai presenciar muito dos dramas de adolescente sobre aceitação, insegurança que todo o adolescente passa e coisas mais sérias como bullying e principalmente depressão, até este ponto seria um jogo novela sobre adolescentes comum e simples, mas o diferencial é que a personagem principal pode voltar no tempo.


GAMEPLAY:

O jogo desenvolvido pela Dontnod Entertainment, não segue a linha de gameplay como os jogos da Tell tale, isso é bom, porque quando soube que era um jogo sobre escolhas imaginei que teria o mesmo gameplay com pouco controle que particularmente não sou fã desse estilo, então fui com o hype lá em baixo, isso foi bom porque gostei do gameplay quando joguei e vi que você pode controlar o andar da personagem e para interagir com o ambiente você tem que ir até onde está a interação e clicar, não é tudo clicar até para andar como faz por exemplo a Tell Tale.
E o poder de voltar no tempo geralmente é livre, mas não em todas as ocasiões, dependendo de alguns acontecimentos da história esse poder acaba sendo limitado e esse é outro ponto do jogo que fez a diferença, porque seria muito fácil corrigir tudo voltando no tempo, mas a Max só pode voltar alguns minutos  no tempo, mais a frente no jogo você descobre que ela possui outra habilidade.


TALVEZ TENHA UM POUCO DE SPOILER NAS 15 LINHAS SEGUINTES, NÃO É SOBRE A HISTÓRIA, MAS É SOBRE ATÉ ONDE VAI AS ESCOLHAS, SE VOCÊ NÃO QUISER SABER PULE PARA O PRÓXIMO QUESITO:

A história dos personagens que você for interagindo são bem construídas explicando simplesmente para você entender quem são e qual é a personalidade de cada um, esse é um ponto que já começa alguns problemas com relação a história em um jogo sobre fazer escolhas, alguns personagens secundários você pode passar no jogo sem conhece-los, eles só fazem alguma diferença até o capítulo 4, o outro problema é que as decisões sobre os personagens principais também só fazem a diferença até  o capítulo 4, por isso escrevi no começo da review sobre as escolhas porque elas fazem a diferença, mas é até o capítulo 4.
O capítulo 5 acontece do mesmo jeito não importando nada que você tenha escolhido antes nas decisões principais, até a última escolha do final apaga todas as outras, apenas algumas "missões secundárias" com personagens secundários aparecem ou não no último capítulo, eu vou ter que comparar com outro jogo baseado em escolhas (disponível na PSN PLUS se você está lendo isso em julho de 2017) que as decisões fazem diferença até os últimos instantes, me refiro ao jogo Until Dawn, tem um ótimo modo replay, o jogo "luta" contra o jogador para fazer uma escolha "ruim" mas você pode alterar realmente o destino de todos personagens, não é o que acontece em Life is Strange.
O tema do jogo sobre suas escolhas fazem a diferença termina com o capítulo 4.


GRÁFICOS, VOZES E TRILHA SONORA:

A minha crítica vai diretamente na união de gráficos e som, a dublagem é uma das melhores e isso é também um "problema" porque é tão boa que é melhor que tudo, a animação não consegue acompanhar o talento das vozes, eu sei que desde o começo o jogo mostrava que não seria um jogo com gráficos de um Until Dawn, MAS acho que nesse caso deveria ser, porque muitas vezes aquela animação simples com movimentação simples demais me tirava da imersão constantemente, parecia que não teve um pouco mais de esforço para animar os personagens, no capítulo 5 a Max começa a "falar por telepatia" o responsável pela animação esqueceu de mover os lábios da personagem em boa parte do capítulo 5.
A história do jogo e talento dos atores que deram as vozes é maior que o visual do jogo, eu tive que prestar mais a atenção na história e não olhar muito para a movimentação para não perder a imersão.
A trilha sonora é um ponto que ajuda na imersão, a sensação é de estar assistindo ou jogando uma série de tv. isso é legal.


DEPRESSÃO, UMA DOENÇA RETRATADA NO JOGO E NA VIDA:

No momento que escrevo essa review o assunto sobre depressão que o jogo aborda está sendo comentado pela maioria na internet novamente, porque neste dia recebo a notícia da morte por depressão do vocalista Chester Bennington da banda Linkin Park (uma das minhas bandas favoritas, por isso fiz essa menção nesta review)
A parte referente depressão no jogo está focada em uma personagem, existem as escolhas de palavras erradas para se dizer a alguém com depressão e as palavras certas, cabe ao jogador descobrir o correto para salvá-la
Nem todo o jogo tem que se pautar na realidade, mas as vezes sim, sem forçar, o assunto é naturalmente construído em Life is Strange, é claro que o público alvo do jogo não é quem comete bullying, mas é para os jovens que sabem conviver em sociedade prestarem mais a atenção ao seu redor e quem sabe salvar uma vida.



PRÓS:

História

Atuação das vozes dos dubladores

Trilha sonora

Gameplay

Vale a pena a compra com desconto


CONTRAS:

O principal tema do jogo: as escolhas

Movimentação e moldagem dos personagens que faltou um pouco mais de trabalho

O visual dos personagens não acompanha nem um pouco o talento da voz dos atores


















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